Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
NÍVEIS DE BORRA DE CAFÉ NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ALFACE, LACTUCA SATIVA L.(1).
DALCIMAR REGINA BATISTA WANGEN(1); MATEUS TEIXEIRA RINCON CARDOSO(2); RODRIGO OLIVEIRA FREITAS(2); ERIKA FALEIRO FERNANDES(2); GABRIEL MOREIRA DUARTE(2); ANA FLÁVIA DE JESUS PINTO(2); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA; 2 - INSTITUTO FEDERAL GOIANO - CAMPOS URUTAÍ;
A grande produção e consumo mundiais de café originam uma enorme quantidade de resíduos, entre os quais se inclui a borra, resultante do processo de obtenção da bebida do café. Objetivou-se avaliar níveis de borra de café na produção de mudas de alface. O experimento foi conduzido no Instituto Federal Goiano, Campus Urutaí, em Urutaí, GO. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com seis tratamentos: 0%, 5%, 10%, 15%, 20% e 25% de borra de café adicionados a substrato comercial, com cinco repetições. Foram avaliados os seguintes parâmetros: taxa de emergência, altura e massa fresca da parte aérea de mudas de alface. Os resultados foram submetidos a análise de regressão a 0,05 de significância. O modelo de equação linear foi o que melhor se ajustou aos dados de taxa de emergência de plântulas. A maior percentagem de emergência (83%) ocorreu no substrato comercial (0%) e naqueles com 5% e 10% de borra de café, tendo decrescido com o aumento do nível desse resíduo. A altura das mudas decresceu linearmente com o incremento no nível de borra de café. Por sua vez, o modelo quadrático foi o que melhor se ajustou aos dados de massa fresca de parte aérea das mudas, com o nível de 18% de borra de café contribuído para o menor valor desse parâmetro (0,028g). Conclui-se que a borra de café in natura teve efeito negativo sobre a taxa de emergência, altura e massa fresca de parte aérea de mudas de alface.