Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
DIVERSIDADE MORFOFISIOLÓGICA DE FUNGOS FILAMENTOSOS ISOLADOS DE ÁREAS MINERADAS E DE PRESERVAÇÃO
TALITA COELI DANGELIS DE APARECIDA RAMOS(1); FRANCISCO ADRIANO DE SOUZA(2); CHRISTIANNE DE OLIVEIRA PAIVA(2); MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO(2); DENISE PACHECO DOS REIS(3); IVANILDO EVÓDIO MARRIEL(2); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SAO JOAO DEL REI; 2 - EMBRAPA MILHO E SORGO; 3 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI;
O conhecimento da biodiversidade dos fungos filamentosos de solos ferruginosos pode contribuir para o desenvolvimento de estratégias de preservação, recuperação de áreas degradadas bem como a exploração do seu potencial biotecnológico. O objetivo do trabalho foi de preservar e caracterizar foi isolar,morfofisiologicamente fungos provenientes de áreas de preservação e área minerada em recuperação. As amostras foram coletadas em solos de cinco áreas (Canga, Mata Cerrado,Eucalipto e Capim) no município de Sabará-MG. O isolamento dos fungos foi feito pelo método Spread-plate, utilizando-se alíquotas de diluições seriadas decimais das amostras de solo e plaqueadas em oito meios de culturas sólidos distintos, em relação à composição de sais minerais e de fonte de carbono. Para a caracterização morfofisiológica, utilizou-se o meio Martin. Foram obtidos, purificados e preservados 692 estirpes de fungos filamentosos. Os fungos foram caracterizados quanto á coloração do micélio, coloração da esporulação, produção de pigmentos solúveis e produção de exsudados. A caracterização morfológica quanto à coloração do micélio, destacou o predomínio de fungos com micélio de coloração branca, seguido dos beges, esverdeados, amarelados, hialinos e acinzentados. Quanto a coloração da esporulação a maioria dos fungos apresentou coloração de esporos esbranquiçada, seguida dos esverdeados, acinzentados, e beges. Foram identificados isolados produtores de exsudatos e pigmentos solúveis respectivamente em 13% e 6% isolados de vegetação de Canga, 13% e 6% em Capim, 7% e 11% em Cerrado, 14% e 10% em Eucalipto e 16% e 2% em Mata. Concluiu-se que as áreas avaliadas apresentam elevada abundância e diversidade morfofisiológica de fungos filamentosos.