Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
ATRIBUTOS QUÍMICOS DE SOLOS DEGRADADOS POR MINERAÇÃO DE CASSITERITA EM FASE DE RECUPERAÇÃO NA MINA POTOSI, ESTADO DE RONDÔNIA
ROBERTA SOUTO CARLOS(1); WANDERLEY JOSÉ DE MELO(1); MARCELA MIDORI YADA(2); REGINA MÁRCIA LONGO(3); ADMILSON ÍRIO RIBEIRO(4); GABRIEL MAURÍCIO PERUCA DE MELO(5); 1 - UNESP JABOTICABAL; 2 - UNOPAR; 3 - PUC; 4 - UNESP SOROCABA; 5 - UNICASTELO;
A extração de minério tem representado grande potencial econômico para o Brasil e em especial para a Região Amazônica, contribuindo de forma decisiva para a balança comercial e desenvolvimento regional. Entretanto, a atividade de mineração é um dos principais responsáveis pela deterioração de solos em todo o mundo, gerando impactos sobre a área de exploração e seu entorno. Na mina Potosi, localizada na Floresta Nacional do Jamari, Estado de Rondônia, o processo de lavra de cassiterita (minério utilizado para extração de estanho para a produção de alumínio) se iniciou em 1982, causando grande impacto no ambiente. O objetivo deste trabalho foi avaliar os atributos químicos do solo de áreas degradadas por mineração em fase de recuperação e compara-los aos solos de mata nativa e capoeira. O Plano de Recuperação teve início em 2011, com a retirada de sucatas, recomposição topográfica, estabelecimento de curvas de nível, calagem, adubação mineral, orgânica e verde. Os substratos nas áreas degradadas são rejeito seco, greisen, rejeito capeado e piso de lavra. As amostras de solo foram coletadas na camada 0-0,20 m no ano de 2013 e analisadas em relação aos atributos químicos de fertilidade do solo. Solo de mata nativa e capoeira também foram coletados e analisados para efeito de comparação. As áreas avaliadas ainda não atingiram os níveis apresentados pela mata nativa e pela capoeira, havendo necessidade de continuar com a aplicação do plano de recuperação estabelecido. A área PL2, cujo substrato é o piso de lavra, foi a que melhor respondeu ao plano de recuperação.