Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DAS ESPÉCIES FLORESTAIS NA ESTABILIZAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS.
ROGERIO RESENDE MARTINS FERREIRA(1); VINICIUS MARTINS FERREIRA(2); 1 - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA; 2 - INSTITUTO VOÇOROCAS;
A degradação ambiental por voçorocas é um dos problemas críticos da atualidade diante da crise hídrica em regiões desenvolvidas do Brasil. O objetivo deste estudo foi avaliar as espécies florestais após 6 anos de plantio em relação ao diâmetro do caule ao nível do solo e crescimento em altura em diferentes sítios, sem práticas de manejo, na estabilização de voçorocas. Foi avaliado o crescimento em altura e diâmetro do caule ao nível do solo das espécies ingá (Ingá marginata), sangra d´água (Cróton urucurana), guanandi (Calophyllum brasiliensis), pororoca (Rapanea guianensis), e falso ingá (Ingá sessilis) no terço inferior; sesbânia (Sesbania virgata), pororoca (Rapanea guianensis), ingá (Ingá marginata), cedro (Cedrela fissilis) e tamboril (Enterolobium contortisiliquium) no terço médio; ingá (Ingá marginata), sesbânia (Sesbania virgata), aroeira vermelha (Schinus terebinthifolia), aroeira brava (Lithraea molleoides) e fedegoso (Senna macranthera) no terço superior. Em cada um dos sítios, o delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com 10 repetições para cada espécie. As determinações das análises químicas foram realizadas no terço superior, terço médio, terço inferior da voçoroca, onde em cada área, foram coletadas amostras de solo 0 a 20 cm de profundidade com 4 repetições. Os resultados foram submetidos a análise de variância e teste de Tukey a 5% de significância. Os resultados evidenciam que em áreas de baixa fertilidade com nenhuma prática de manejo de adubação e controle de pragas, as espécies florestais como o ingá e sesbânia, são as mais adaptadas para o terço superior, médio e inferior da voçoroca.