Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
CONTRIBUIÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NA RECUPERAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO EM ÁREAS DEGRADADAS POR MINERAÇÃO DE BAUXITA.
RAFAEL SILVA SANTOS(1); ERNST EDUARD JAN VERBURG(2); RAFAEL GOMES PAES(2); RAFAEL DA SILVA TEIXEIRA(2); SILVANO RODRIGUES BORGES(2); IVO RIBEIRO DA SILVA(2); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA; 2 - UFV;
A mineração de bauxita ocasiona significativas perturbações no solo. Sua extração requer a retirada da vegetação e solo superficial, afetando diretamente características químicas e físicas do solo. O objetivo desse trabalho foi avaliar os estoques de carbono orgânico total (COT), carbono orgânico lábil (COL) e nitrogênio total (NT) em florestas de Eucalipto, Angico Vermelho e Mix de espécies nativas sob diferentes adubações em área de mineração de bauxita em fase de reabilitação. O estudo é composto por um fatorial 3 x 2 (floresta de eucalipto, arbórea leguminosa e mix de espécies nativas), sem adubação (T) e com adubação (C+Q). Amostras de solo foram coletadas pós-mineração (tempo zero) e 48 meses após o plantio das espécies florestais. O COT para todos os tratamentos ainda se encontra em média 3,5 vezes menor em relação aos teores antes da mineração. Em relação ao NT o angico (C+Q) e o eucalipto (C+Q) diferiram estatisticamente do solo pós mineração apresentando valores 2 vezes maior em relação ao mesmo. Apenas o COL do angico (C+Q) se diferenciou dos demais tratamentos, sendo estatisticamente igual a mata de referência. O uso da adubação (C+Q) no eucalipto e angico se mostrou viável para elevação dos teores de NT. O cultivo do Angico associada a adubação (C+Q) promoveram a recuperação dos teores de COL antes da mineração, indicando potencialidades na recuperação de áreas degradadas pela mineração de bauxita.