Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
RESPIRAÇÃO BASAL DE GLEISSOLO HÁPLICO CULTIVADO COM ARROZ IRRIGADO SOB DIFERENTES MANEJOS POR LONGO PRAZO NO SUL DO BRASIL
FILIPE SELAU CARLOS(1); FRANCISCO ALEXANDRE DE MORAIS(2); NAIHANA SCHAFFER(1); RODRIGO SCHIMITT FERNANDES(1); FLAVIO ANASTÁCIO DE OLIVEIRA CAMARGO(1); 1 - UFRGS; 2 - IRGA;
A redução do preparo provoca inúmeras alterações nos atributos do solo. A atividade microbiana é significativamente alterada por mudanças de manejo do solo. Nesse sentido esse trabalho teve objetivo de avaliar dinâmica da respiração basal de um Gleissolo Háplico cultivado a 20 anos sob plantio direto, preparo convencional e sistema pré germinado. As amostras foram coletadas a campo na profundidade de 0-10 cm e imediatamente conduzidas para o laboratório onde foram incubadas em temperatura constante e quantificar a emissão de CO2 pela microbiota do solo. Foram feitas duas coletas, uma após o ciclo de cobertura de outono-inverno (azevém) e uma após o ciclo de arroz irrigado no verão. As amostragens feitas após o ciclo de inverno sob plantio direto apresentou maiores quantidades de CO2. Após o ciclo do arroz irrigado também se observou maior emissão de CO2 no plantio direto. Esses dados indicam o efeito direto do manejo sobre a atividade microbiana do solo. Com o passar do tempo a diminuição da perturbação do solo, manutenção dos agregados e dos estoques de carbono tem influencia direta sobre a atividade microbiana do solo. Dessa forma, o plantio direto por longo prazo aumentou a respiração basal do solo em comparação ao sistema convencional e pré-germinado e demonstrou similaridade ao campo nativo. A respiração basal após o ciclo de azevém foi maior do que após o ciclo de arroz irrigado.