Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
VARIAÇÃO DOS TEORES DE FERRO E ALUMÍNIO EXTRAÍDOS POR OXALATO EM HORIZONTES B ESPÓDICO DE ESPODOSSOLOS BRASILEIROS: CONTRIBUIÇÃO AO SISTEMA BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
ADEMIR FONTANA(1); ANDRESSA ROSAS DE MENEZES(2); MAURÍCIO RIZZATO COELHO(1); 1 - EMBRAPA SOLOS; 2 - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE;
O estabelecimento de classes nos diferentes níveis categóricos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) tem como ponto chave a definição de limites numéricos das características ou atributos diagnósticos. No entanto, a classe dos Espodossolos ainda carece de melhor definição para os atributos carbono, ferro e alumínio, estes essenciais na sua gênese e classificação. Este trabalho teve como objetivo analisar a amplitude do ferro e alumínio extraídos por oxalato nos horizontes B espódico de Espodossolos brasileiros. Para tal, fez-se uma extensa revisão bibliográfica na literatura nacional e internacional, organizando uma planilha com os dados gerais, as características morfológicas e os atributos químicos, físicos de perfis de Espodossolos de diferentes regiões brasileiras. Foram contabilizados 183 horizontes com ferro por oxalato (Feo) e 158 horizontes com alumínio por oxalato (Alo). Os teores de Feo e Alo apresentam ampla variação e ausência de padrão nos tipos de horizontes B espódico. A semelhança nos parâmetros estatísticos dos teores de Feo nos três tipos de B espódico e o menor teor do Alo no Bhs (m) não condizem com a definição apresentada no SiBCS. As correlações positivas entre o C org com o Feo e Alo indicam a participação na matéria orgânica na dinâmica do Fe e Al nos horizontes B espódico. A falta de padrão para o Feo e Alo reflete a carência de valores limites destes atributos para a distinção dos tipos de B espódico, a fim de eliminar a subjetividade na classificação dos Espodossolos.