Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
TOXIDEZ DO ALUMÍNIO EM HANCORNIA SPECIOSA GOMES
ARTHUR ALMEIDA RODRIGUES(1); SEBASTIÃO CARVALHO VASCONCELOS FILHO(1); DOUGLAS ALMEIDA RODRIGUES(2); CÁSSIA LINO RODRIGUES(1); DANIELE FARIAS RAMPAZZO(1); LARISSA SAEKI REHN(1); 1 - INSTITUTO FEDERAL GOIANO CAMPUS RIO VERDE; 2 - UNIRV-UNIVERSIDADE DE RIO VERDE-GO;
A mangaba (Hancornia speciosa, Gomes), é uma espécie com várias aplicações medicinais e nutricionais apresentando importante potencial econômico, é típica de solos arenosos, ácidos e pobres em nutrientes. O estudo de plantas nativas de regiões com solos com presença de alumínio em níveis tóxicos para a maiorias das espécies cultivas, vem sendo considerado a melhor alternativa no aumento da produção em solos ácidos com concentrações altas desse cátion. Dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito do alumínio na taxa de crescimento radicular, elongação radicular relativa (ERR%) e comprimento médio da raiz de Hancornia speciosa na fase de plântula mantidas em solução nutritiva completa por 37 dias. A solução nutritiva foi trocada a cada três dias e aerada constantemente através de um compressor. Adotou-se as concentrações de alumínio: 0, 150, 300, 600 e 1200 μM. Para análise estatística, utilizou-se delineamento inteiramente casualizado e todos os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e análise de regressão. Os resultados demostraram que a solução nutritiva completa estimulou o desenvolvimento da raiz na ausência ou em doses mais baixas de Al. A concentração de 1200 μM foi a que proporcionou as menores médias, caracterizando uma redução de 37,12% para taxa de crescimento radicular, 35,64% na elongação radicular relativa e 43,02% no comprimento médio, comparados ao tratamento sem Al. Conclui-se que a mangaba pode ter um bom desenvolvimento do sistema radicular quando cultivada em concentrações abaixo de 300 μM de Al.