Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
RELAÇÃO ENTRE A MINERALOGIA DA FRAÇÃO ARGILA E OS TEORES DE ALUMÍNIO EXTRAÍDOS COM KCL DE SOLOS ÁCIDOS BRASILEIROS(1).
RODRIGO BALEM VENDRUSCOLO(1); GABRIEL OCTÁVIO DE MELLO CUNHA(1); JAIME ANTONIO DE OLIVEIRA(1); DANIEL ALEXANDRE HEBERLE(1); FRANCISCO ALEXANDRE DE MORAIS(1); BETHINA BASTOS BARBOZA(1); 1 - UDESC;
: O Al “trocável” é tradicionalmente quantificado no extrato da solução de cloreto de potássio (KCl) 1 mol L-1 (Al-KCl), mas nem sempre o Al provém unicamente de formas trocáveis. O presente trabalho objetivou investigar as possíveis relações entre o alumínio extraído com a solução de KCl (método tradicional) com a mineralogia da fração argila. Foram utilizadas amostras de dois horizontes (A e B) de 12 perfis de solos ácidos de cinco estados brasileiros (AC, PE, BA, RS e SC), com diferentes características mineralógicas, todos com teores de Al-KCl superior a 4 cmolc kg-1 no horizonte B. Dois perfis de SC (Rancho Queimado e Curitibanos), com níveis mais baixos de Al-KCl, foram tomados como referência de solos mais intemperizados com mineralogia essencialmente caulinítica. Os altos teores de Al-KCl mostraram-se relacionados com a mineralogia dos solos estudados. A análise mineralógica revelou que na maioria dos solos com alto TEOR Al, esmectitas encontram-se em processo de destruição no clima úmido atual, resultando em liberação de grandes quantidades de formas não trocáveis de Al, mas que são computadas como trocáveis pelo extrator tradicionalmente usado na determinação do Al. Nos solos ácidos subtropicais os teores de Al-KCl também foram altos, porém com valores mais baixos do que nos solos com predomínio de esmectitas. Os resultados demonstraram que o KCl 1 mol L-1 extrai outras formas de alumínio além da trocável, superestimando seus valores, não sendo, portanto, adequado para estimar os teores de Al nos solos analisados no presente estudo