Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
MONITORAMENTO DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO SOLO E CAMADA ATIVA NO SUDOESTE DA PENÍNSULA DE KELLER, ILHA DE REI GEORGE, ANTÁRTICA MARÍTIMA
DANIELA AUGUSTO CHAVES(1); ANGELO TIAGO AZEVEDO(2); GUSTAVO BASTOS LYRA(2); MÁRCIO ROCHA FRANCELINO(3); LEONARDO DUARTE BATISTA DA SILVA(2); CARLOS ERNESTO GONCALVES REYNAUD SCHAEFER(3); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO; 2 - UFRRJ; 3 - UFV;
A presença do permafrost e o monitoramento da camada ativa são importantes indicadores de possíveis variabilidades e, ou mudanças climáticas. O objetivo deste trabalho foi realizar análise da temperatura do ar e do solo em diferentes profundidades entre os anos de 2011 e 2014, para o monitoramento da camada ativa e permafrost em sítios localizados na região sudoeste da Península Keller, Ilha Rei George, Antártica. Para tanto foram instalados sensores de temperatura e umidade do solo e temperatura do ar. A maior temperatura do ar máxima diária nos quatro anos estudados foi de 5,8 °C e a maior mínima foi de 21,1 °C. No solo, a maior temperatura máxima diária foi de 8,0 °C e a maior mínima diária foi de 14,9 °C, ambos a 5 cm de profundidade. O período em que solo permaneceu mais tempo sob o regime de camada ativa foi em janeiro/2012 e manteve-se congelado em todos os anos estudados nos meses de junho, agosto e setembro. Na análise de regressão linear simples a temperatura média diária do solo ficou abaixo de 0 oC e a altura da camada ativa foi de 1,39 m, indicando que nenhuma das profundidades estudadas alcançaram o permafrost. O congelamento sazonal aconteceu em março/2011 e 2012 e em abril/2013 e o descongelamento sazonal aconteceu em novembro/2011 e em janeiro/2013. De acordo com os histogramas há predominância de temperaturas a 0°C em todas as camadas. A maioria das variações das temperaturas horárias foram mais fortes no verão a 5 e 10 cm.
Palavras-chave: Regime térmico do solo, séries temporais, permafrost.