Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
BIOCARVÃO COMO COMPLEMENTO NO SUBSTRATO PARA A PRODUÇÃO DE MUDAS DE TOMATE CEREJA – EXPERIMENTO 2
GABRIEL JOSÉ LIMA SILVEIRA(1); FRANCISCO LOPES EVANGELISTA(1); LUCAS GOMES DE SOUSA(1); SUSANA CHURKA BLUM(1); 1 - UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA;
Objetivou-se avaliar doses de biocarvão produzido artesanalmente sobre a produção de mudas de tomate cereja (Solanum lycopersicum var. Cerasiforme). O experimento foi conduzido na UNILAB, Campus da Liberdade, em Redenção (CE) utilizando biocarvão produzido a partir da madeira de poda do cajueiro feito artesanalmente em fornalha de alvenaria, com temperaturas variando de 200-500 °C durante o processo de pirólise. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso em esquema de parcela subdividida com cinco tratamentos e quatro repetições em dois solos: arenoso e argiloso. Para produção de mudas foram utilizadas sementes comerciais com taxa de germinação de 85%, conforme informado pelo fabricante. As mudas foram cultivadas em bandejas preenchidas com mistura de solo e biocarvão nas proporções de 0%, 15%, 30% e 45% v/v e uma testemunha utilizando a mistura de solo+húmus (70 + 30%). As concentrações de biocarvão 15 e 30% no solo argiloso apresentaram resultados que se assemelham ao tratamento testemunha (solo + húmus) na altura de plantas aos 15 e 30 dias após a semeadura (DAS), aos 15 DAS na variável de número de folhas, e apresentou efeitos significativos para o número de folhas aos 30 DAS. No solo arenoso não houve resultados significativos das doses de biocarvão ao comparar com o tratamento testemunha. De modo geral, nenhuma das doses de biocarvão foi superior ao tratamento usado como controle, porém as doses de 15 e 30% no solo argiloso foram uma boa alternativa, aumentando a altura e número de folhas de tomate cereja.