Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
AVALIAÇÃO DA DECOMPOSIÇÃO DE RESÍDUOS VEGETAIS EM ÁREAS COM E SEM IRRIGAÇÃO NO CERRADO MINEIRO.
AMANDA YAMADA TAMBURUS(1); JOSÉ LUIZ RODRIGUES TORRES(1); ADRIANO SILVA ARAÚJO(1); FERNANDO RODRIGUES DA CUNHA GONÇALVES(1); ANDRÉ LUIZ BENAVENTANA LEAL JUNIOR(1); ROGÉRIO LUIZ BARBIAN JUNIOR(1); 1 - INSTITUTO FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO;
Vários estudos conduzidos no Cerrado avaliaram a taxa de decomposição e o tempo de meia vida dos resíduos de plantas de cobertura em condições naturais, contudo poucos vêm sendo conduzidos em área irrigada, com isso os processos de decomposição de resíduos e ciclagem de nutrientes ainda são uma incógnita e precisam ser melhor avaliados. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi quantificar a taxa de decomposição e o tempo de meia vida dos resíduos vegetais de plantas de cobertura em área com e sem irrigação, no Cerrado mineiro. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro coberturas do solo: crotalária, milheto, braquiária e mistura (crotalária + milheto), com 4 repetições. Em ambas as áreas, estas plantas de coberturas foram cultivadas em condições naturais, sem irrigação, até atingir o máximo florescimento. Utilizou-se o método das sacolas de nylon para se avaliar a decomposição dos resíduos aos 15, 30, 60, 90 e 120 dias após distribuição das sacolas no campo. Observou-se que aos 120 dias a biomassa remanescente sobre o solo na área sem irrigação foi 13,89, 17,34, 69,00 e 103,08% maior para braquiária, milheto, crotalária e mistura crotalária + milheto, quando comparado à área irrigada, respectivamente. O milheto apresentou a maior constante de decomposição e o menor tempo de meia vida nas áreas com e sem irrigação. A crotalária e a mistura crotalária + milheto apresentaram a menor constante de decomposição e o maior tempo de meia vida nas áreas sem e com irrigação, respectivamente.