Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
NUTRIENTES EM PLANTAS DA CAATINGA EM PLANOSSOLOS HÁPLICOS DE ALAGOAS
JAKSON CAVALCANTE DA COSTA JÚNIOR(1); PAUL LINEKER AMARAL DE MELO(2); KARLLY THAYANNY DE OLIVEIRA PEREIRA(2); THIAGO CÂNDIDO DOS SANTOS(1); TÂMARA CLÁUDIA DE ARAÚJO GOMES(3); JOÃO GOMES DA COSTA(3); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS; 2 - FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE ALAGOAS; 3 - EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS;
A maior parte já instalada do Canal do Sertão, o qual conduzirá água para consumo humano, animal e irrigação no semiárido de Alagoas, atravessa áreas de Planossolos Háplicos cujo potencial de uso agrícola é considerado restrito. O estabelecimento de um sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) com espécies nativas, com potencial multiuso, adaptadas às condições edafoclimáticas locais, ampliará as perspectivas de uso sustentável desta região. Assim sendo, esse trabalho teve como objetivo a avaliação dos teores de nutrientes no tecido foliar das espécies forrageiras feijão bravo (Capparis flexuosa), mororó (Bauhinia cheilantha), marmelada (Commelina spp) e pau piranha (Laetia apetala), nativas da Caatinga e coletadas em Planossolos Háplicos, de forma a subsidiar o estabelecimento de um modelo iLPF para o semiárido alagoano. Amostras de solo e tecido foliar foram coletadas em três áreas de caatinga nativa em Planossolos Háplicos, no município de Olho d’Água do Casado AL, na região semiárida de Alagoas. Os dados obtidos em cada caráter avaliado foram submetidos à análise de variância e as médias, comparadas por meio do teste de agrupamento de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. A composição química foliar do feijão bravo, mororó, marmelada e pau piranha parecem não variar em função das três áreas de estudo. Os resultados obtidos e a possibilidade da exploração de diferentes estratos, apontam para a complementaridade destas forrageiras quanto ao estabelecimento de um sistema iLPF.