Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA EM FUNÇÃO DA ÉPOCA DE APLICAÇÃO DE UREIA EM COBERTURA NO MILHO
EVANDRO LUIZ SCHONINGER(1); HUGO ABELARDO GONZÁLEZ VILLALBA(2); LUCAS PERES MIACHON(3); PAULO CESAR OCHEUZE TRIVELIN(4); 1 - UNEMAT; 2 - ESALQ/USP; 3 - FAZENDA PRATA DE GOIÁS; 4 - CENA/USP;
A necessidade de aplicação de altas doses de N na cultura do milho aliada às inúmeras transformações desse nutriente na natureza são fatores que, de maneira geral, limitam a eficiência da adubação nitrogenada. Assim, a adoção de práticas que objetivam aumentar a eficiência de recuperação do N do fertilizante se faz necessária. Dentre estas, a época de aplicação do N em cobertura tem sido amplamente estudada e os resultados têm sido bem variados. Nesse contexto, objetivou-se avaliar as perdas de amônia em função da época de aplicação da ureia em cobertura no milho. O estudo foi desenvolvido em campo, no município de Piracicaba, SP, nas safras 2011/12 e 2012/13, em delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repetições. O solo da área experimental é classificado como Latossolo Vermelho Distrófico. Foi avaliada a perda de N por volatilização de NH3, em função dos tratamentos testados, a saber: cinco épocas de aplicação de ureia (140 kg ha-1 de N) em cobertura nos estádios fenológicos V4, V6, V8, V10 e V12. Os resultados foram submetidos à análise de variância (p≤0,05) e à comparação das médias pelo teste de Tukey. As maiores perdas de N por volatilização de amônia ocorreram quando a ureia foi aplicada nos estádios V12 ou V10, chegando a 35 e 41 % do N aplicado. Embora os fatores climáticas exerçam grande influência no processo de volatilização de NH3, as características da cultura, como desenvolvimento do dossel, também determinam as perdas de N na forma de amônia.