Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA EROSIVIDADE NA BACIA HIDROGRÁFICA DOS RIOS JAGUARÍ E CAMANDUCAIA
LUCAS MACHADO PONTES(1); MARX LEANDRO NAVES DA SILVA(1); DIEGO ALVES FAUSTOLO BISPO(1); MARCELO LINON BATISTA(1); FABIO ARNALDO POMAR AVALOS(1); MARCELO SILVA DE OLIVEIRA(1); 1 - UFLA;
O potencial erosivo das chuvas, representado pela erosividade, é o principal fator ativo responsável pelas perdas de solos em bacias hidrográficas. Assim, o objetivo deste trabalho foi estimar a erosividade por meio do índice EI30 de modo distribuído para toda a Bacia Hidrográfica dos Rios Jaguarí e Camanducaia (BHJC). Para isso, foram utilizados dados mensais de séries históricas de 74 estações pluviométricas na região da bacia. O índice EI30 foi calculado para cada uma destas estações por meio de uma equação estabelecida para a região de Campinas, que relaciona este índice com as precipitações médias mensais e anuais. Os resultados foram espacializados por técnicas geoestatísticas, e foram avaliados três modelos de semivariância teórica. Os valores de EI30 variaram entre 5.663 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 para a região mais baixa, próximo à Campinas, e 10.516 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 na Serra da Mantiqueira. O modelo esférico foi o que melhor se ajustou às semivariâncias experimentais e obteve melhores índices na validação cruzada. A espacialização permitiu evidenciar a relação direta entre erosividade e altitude e, assim, separar as áreas mais suscetíveis à erosão hídrica quanto à precipitação total anual. Com base nos resultados é possível concluir que o efeito orográfico é a principal fonte de variação na precipitação e, por conseguinte na erosividade, além disso, a distribuição espacial do EI30 permitirá melhorar a modelagem da erosão para a bacia.