Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
FONTE ALTERNATIVA DE COMPOSTO ORGÂNICO EM SUBSTITUIÇÃO DE FERTILIZANTE MINERAL PARA CULTIVO DO MILHO
REBEKKA RAÍZA FERREIRA GALVÃO(1); TALMO HENRIQUE DOS SANTOS SILVA(1); FRANKLONE LIMA DA SILVA(1); YGOR JACQUES AGRA BEZERRA DA SILVA(1); JOSÂNGELA DO CARMO TREZENA DE ARAÚJO(1); CLÍSTENES WILLIAMS ARAÚJO DO NASCIMENTO(1); 1 - UFRPE;
Visando diminuir o consumo de fertilizantes minerais e o desperdício de restos de alimentos, este trabalho tem como objetivo avaliar a viabilidade do uso de um composto orgânico oriundo da trituração de alimentos, fornecido pelo shopping Rio Mar do Recife, para o cultivo do milho, em casa de vegetação, em função da aplicação de doses crescentes do composto. A variedade de milho utilizada foi São José e o solo coletado (0-20cm) no campus da UFRPE, foi um Argissolo. Antes do início do experimento foi realizada a caracterização química do solo para corrigir o pH para 6,5. O experimento foi conduzido durante 45 dias, com delineamento em blocos casualizados, sempre mantendo a umidade do solo a 80%. Os tratamentos foram compostos por seis dosagens: 0, 5, 10, 15, 20 e 30 g dm-3 e um tratamento de referência (fertilizante mineral). A matéria seca dos tratamentos foi digerida por digestões nitroperclórica e sulfúrica, para determinação de P, K e N. A determinação de metais pesados foi realizada por espectrometria de emissão ótica (ICP-OES/Optima 7000, Perkin Elmer). O composto orgânico pode substituir o uso de fertilizante mineral no fornecimento de N, P e K para o cultivar de milho. Recomenda-se o uso do composto orgânico entre as doses 15 e 20 mg dm-3, equivalentes a 63 a 84 g/vaso. Doses mais altas prejudicam o desenvolvimento da cultura. A adição do composto orgânico, nas doses recomendadas, não oferece riscos de contaminação à cultura do milho por metais pesados.