Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
RESPOSTAS DO PINHÃO MANSO AO ESTRESSE OXIDATIVO INDUZIDO POR SALINIDADE CRESCENTE DA SOLUÇÃO NUTRITIVA
CAMILA FIGUEIREDO DA SILVA(1); MAICON WANDERMAZ DOS SANTOS(1); FABIANO BARBOSA DE SOUZA PRATES(2); EVERALDO ZONTA(1); ROBERTO OSCAR PEREYRA ROSSIELLO(1); 1 - UFRRJ; 2 - IFAL;
O pinhão manso (Jatropha curcas L.) é uma espécie oleaginosa que pela sua rusticidade, tem potencial para ser cultivada em ambientes semiáridos, visando a sua utilização como matéria prima para a produção dede biodiesel. Para tal, precisa-se de mais informações sobre o potencial adaptativo dos genótipos disponíveis a cenários edafoclimáticos adversos. Assim, o crescimento em solos salino-sódicos, implica na capacidade de atenuar ou tolerar efeitos conjuntos dos estresses osmótico e oxidativo, causados pela toxicidade dos íons Na+ e Cl-, dominantes. Em atenção ao exposto, foi conduzido um experimento, no Departamento de Solos da UFRRJ, utilizando os acessos nº 356 e 345. Após um período inicial em areia lavada, as plântulas foram cultivadas em solução nutritiva de Hoagland & Arnon, suplementada com cinco doses de NaCl (0, 50, 75, 100 e 150 mmol L-1), segundo um desenho inteiramente casualizado, com cinco repetições. Após quinze dias de crescimento, sob condições ambientais controladas, as plantas foram colhidas, determinando-se, em folhas novas, os seguintes parâmetros: teor de Na+; Teor Relativo de Água, clorofila total, malondialdeído e percentual de extravasamento de eletrólitos, assim como a biomassa total acumulada em folhas, caules e raízes. Em conjunto, os indicadores evidenciaram a maior tolerância do acesso 345 em relação ao 356. O grau de tolerância, nos acessos estudados, guarda relação inversa com os teores de Na+ e os indicadores de estresse oxidativo nas folhas.