Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
EXTRAÇÃO SEQUENCIAL DE ZINCO EM LODO DE ESGOTO CULTIVADO COM PENNISETUM PURPUREUM EM DIFERENTES PERÍODOS
ELY SANDRA ALVES DE OLIVEIRA(1); PAULO HENRIQUE SILVEIRA CARDOSO(2); IZABELLE DE PAULA SOUSA(2); ANARELLY COSTA ALVARENGA(3); FABÍOLA MENDES BRAGA(2); REGYNALDO ARRUDA SAMPAIO(2); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; 2 - UFMG; 3 - UFES;
O uso do lodo de esgoto como adubo orgânico em solos agrícolas tem se mostrado uma alternativa viável para a disposição final deste resíduo. A principal limitação da utilização deste resíduo são os teores de metais pesados e sua disponibilidade para as plantas. Todavia, além de conhecer as quantidades totais de metais pesados, é necessário identificar as formas químicas, o comportamento e o potencial de toxicidade destes elementos. Assim, o presente trabalho teve como objetivo principal avaliar, por meio da extração sequencial, o comportamento do Zn em lodo de esgoto cultivado com Pennisetum purpureum em diferentes períodos. O experimento foi realizado em casa de vegetação do ICA/UFMG, durante 150 dias, utilizando-se o delineamento em blocos casualizados. Os tratamentos, em 5 repetições, corresponderam a 5 períodos do cultivo de P. purpureum em parcelas de lodo de esgoto (30; 60; 90; 120 e 150 dias a partir do plantio de estacas) e 1 testemunha (parcela de lodo não cultivado). A extração sequencial revelou que com o plantio da gramínea em lodo de esgoto há redução da concentração de Zn ligado a sulfetos. Além disso, com o tempo de cultivo, houve incremento das formas solúvel, trocável, ligadas a carbonatos e organicamente complexadas, ligadas a sulfetos e residual, embora tenha havido uma moderada redução das concentrações desta forma a partir de aproximadamente 100 dias, exceto para a forma solúvel. Por outro lado, o Zn ligado à matéria orgânica decresceu atingindo valor mínimo aos 110 dias de cultivo.