Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
MODELAGEM DA RESISTÊNCIA DO SOLO AO CISALHAMENTO E O IMPACTO DE OPERAÇÕES AGRÍCOLAS EM ÁREAS FLORESTAIS
REGINALDO BARBOZA DA SILVA(1); PIERO IORI(1); JESOD MUNOZ MOYA(1); RICARDO NAKAMURA(1); FRANCISCA ALCIVANIA DE MELO SILVA(1); ZIGOMAR MENEZES DE SOUZA(2); 1 - UNESP; 2 - UNICAMP;
A resistência ao cisalhamento (RC), propriedade dinâmica do solo de aplicação fundamental em estudos de mecânica do solo, pode constituir-se em importante indicador da avaliação estrutural dos solos agrícolas.O trabalho teve como objetivo quantificar o impacto (negativo e, ou positivo) da intensidade de tráfego/operações agrícolas sobre a resistência ao cisalhamento de duas classes de solo em áreas florestais. A pesquisa foi realizada em Unidades Florestais da empresa Suzano Papel e Celulose (Itararé, SP). A avaliação do impacto considerou essencialmente a ação dos equipamentos e rodados dos conjuntos motomecanizados sobre a estrutura do solo da camada superficial (0 a 0,10 m) na umidade de campo (médio= 0,33 m3m-3), para cinco intensidades de tráfego/operações agrícolas seguintes: i) colheita (Co); ii) baldeio com Forwader (BFW); iii) baldeio com trator autocarregado (BTA); iv) linha de tráfego (LT) e v) linha de plantio (LP), condição sob menor impacto ou alívio das tensões provocadas pelas subsolagem, sendo, portanto, considerada a condição de referência na pesquisa. Os ensaios foram realizados in situ, utilizando-se do método torcional e considerou quatro níveis de tensão normal (n): 162, 325, 487 e 650 KPa. Os resultados evidenciam o impacto das diferentes condições de intensidade de tráfego/operações agrícolas empregadas no cultivo do eucalipto sobre a RC. Tanto as envoltórias, quanto os parâmetros de coesão (c) e o ângulo de atrito interno do solo ) revelam o impacto negativo da operação do baldeio (BFW e BTA), seguido da operação da colheita.