Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
FLUXO DE CO2 NA SUPERFÍCIE DO SOLO SOB PLANTAÇÃO DE EUCALIPTO NA REGIÃO DE CERRADO: CONTRIBUIÇÃO AUTOTRÓFICA E HETEROTRÓFICA
THALLES GUIMARÃES REIS(1); ALINE DE ALMEIDA VASCONCELOS(2); RAFAEL DA SILVA TEIXEIRA(2); IVO RIBEIRO DA SILVA(2); EMANUELLE MERCÊS BARROS SOARES(2); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA; 2 - UFV;
O bioma Cerrado foi convertido em diferentes usos agrícolas, promovendo uma alteração do estoque e ciclagem de carbono do solo. Florestas de eucalipto podem recuperar áreas previamente degradadas quando se é adotado práticas que visem aumentar a matéria orgânica do solo. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi quantificar e particionar emissões totais de CO2 pela superfície do solo sob florestas plantadas de Eucalipto. O experimento foi conduzido na região de Cerrado, estado do Mato Grosso do Sul, onde as medições foram realizadas nos períodos seco e chuvoso. Foi mensurado o fluxo C-CO2 na superfície do solo e a respiração de raízes. As amostras de gases coletas e a respectivas razões isotópicas foram mensuradas pela técnica cavity ring-down spectroscopy (CRDS). Devido às variações sazonais, tanto no eucalipto quanto na mata nativa os fluxos totais C-CO2 da superfície do solo foram sete vezes menores em épocas seca comparado à chuvosa. No Cerrado, a contribuição majoritária para o fluxo C-CO2 na época chuvosa foi de origem autotrófica, aproximadamente 94%, diferindo da época seca, onde essa contribuição foi de 42%. No eucalipto não se observou diferença entre as contribuições durante as épocas, onde a respiração autotrófica foi sempre a maior contribuinte para o fluxo de C-CO2 na superfície do solo. A umidade do solo é o principal fator das emissões de CO2 na região de Cerrado. Solos mais úmidos favorecem a respiração autotrófica. O cultivo de eucalipto emite menos CO2 em relação a mata nativa.