Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
MOLIBDÊNIO EM CANA-DE-AÇÚCAR: APLICAÇÃO FOLIAR VS APLICAÇÃO VIA SOLO, QUAL A MELHOR ALTERNATIVA?(
ESTÊVÃO VICARI MELLIS(1); JOSÉ ANTONIO QUAGGIO(1); LUIZ ANTONIO JUNQUEIRA TEIXEIRA(1); MÁRCIO KOITI CHIBA(1); RENAN DE CAMPOS VIEIRA(1); 1 - IAC;
Apesar da importância reconhecida, as informações sobre Mo na cana-de-açúcar são escassas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de doses e formas de aplicação de Mo na produção e qualidade industrial (ATR) da cana-de-açúcar. Para isso, foram instalados dois experimentos nos municípios de Assis-SP e Serra Azul-SP. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 2 x 4 + 1 com 4 repetições. As parcelas foram constituídas por 5 linhas espaçadas em 1,5m por 10 m de comprimento. Os tratamentos empregados foram os seguintes: 0, 0,3, 0,6 1,2 e 2,4 kg ha-1 de Mo, aplicados por duas formas: via solo e via foliar. A variedade de cana-de-açúcar utilizada foi a RB 867515 e a fonte de Mo foi o molibdato de sódio. Foram avaliadas as produções de colmos (TCH) e o total de açúcar recuperável (ATR) acumulado nas três primeiras safras de cana-de-açúcar. Os dados foram submetidos à análise de variância. As médias foram comparadas por meio do teste de Tukey ao nível de significância de 5% (P<0,05). Além disso, foi efetuada a análise econômica das doses e formas de aplicação para cada local. Observaram-se resultados significativos apenas para TCH. A produtividade da cana-de-açúcar aumentou com a aplicação de Mo, independente de local e forma de aplicação. Não houve efeito na qualidade industrial de cana-de-açúcar (ATR). A aplicação de Mo via solo no sulco de plantio foi mais eficiente que a aplicação via foliar. A aplicação via foliar não deve exceder a dose de 0,6 kg ha-1 de Mo, enquanto que na aplicação via solo no sulco de plantio, não deve exceder a 1,2 kg ha-1 de Mo.