Estoques de matéria orgânica do solo são obtidos pela interação dos fatores que determinam sua formação e aqueles que promovem sua decomposição, o C e o N são seus principais componentes e os seus estoques irão variar em função das taxas de adição e de perda de resíduos vegetais e, ou, animais. A manutenção dos resíduos culturais na superfície do solo proporciona a decomposição lenta do material vegetal depositado que, associado com a fração mineral do solo, favorece o acúmulo da matéria orgânica, o que pode ocorrer de modo semelhante em cerrado conservado. O objetivo deste trabalho foi avaliar o carbono orgânico total do solo (COT), em área em processo de recuperação sob diferentes tratamentos e compará-los aos de uma reserva conservada de cerrado, onde, coletaram-se, nas diferentes áreas, amostras compostas de 3 a simples, nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20, 20-40 cm, com 6 repetições, para determinação do COT. Os dados foram submetidos à ANAVA, como resultado verificou-se que apenas o Cerrado apresenta variação de C em profundidade, é o único tratamento com aportes significativos de C próximo da superfície. A área em processo de recuperação ainda mostra baixo aporte de resíduos orgânicos e a mecanização da área degradada contribuiu para redução do COT do solo. As áreas degradadas, sem intervenção, parecem armazenar COT por longo tempo.