Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
CAPACIDADE MÁXIMA DE ADSORÇÃO E DESSORÇÃO DE SELENATO EM SOLOS AGRÍCOLAS SITUADOS NO ESTADO DO MATO GROSSO
JOSIMAR HENRIQUE DE LIMA LESSA(1); ANDERSON MENDES ARAÚJO(2); EDIU CARLOS DA SILVA JÚNIOR(2); PEDRO LUIZ PAZZE(2); LUIZ ROBERTO GUIMARÃES GUILHERME(2); GUILHERME LOPES(2); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS; 2 - UFLA;
o selênio (Se) é essencial para humanos e animais devendo ser ingerido adequadamente para um bom funcionamento do organismo. Esse elemento é encontrado em diversos ambientes, incluindo nos solos. Logo, o teor de Se nos alimentos depende de alguns fatores, como a quantidade e a disponibilidade desse elemento no solo. Sendo assim, torna-se fundamental o entendimento do comportamento sortivo do Se nos solos cultivados a fim de conhecer o potencial de transferência desse elemento para as plantas. Nesse sentido, realizou-se um experimento de adsorção e dessorção de Se em solos com diferentes classes texturais e tempos de cultivo, oriundos do Estado do Mato Grosso. O experimento de adsorção foi realizado adicionando-se concentrações crescentes de selenato de sódio, ao solo. As doses de Se variaram de 0 a 2000 μg L-1, as quais foram preparadas em solução eletrolítica de cloreto de sódio 0,015 mol L-1. O pH das soluções contendo as diferentes concentrações de Se foi ajustado para 5,5 e o tempo de contato com o solo foi de 72 h, alternando-se 12 h de repouso e 12 h de agitação. Na dessorção, adicionou-se apenas a solução de cloreto de sódio para dessorver o Se previamente adsorvido. Os dados foram ajustados à isoterma de Langmuir, estimando assim, a capacidade máxima de adsorção (CMA) de Se dos solos estudados. O solo mais argiloso (41% de argila) foi o que apresentou a maior CMA de Se. A dessorção, para os três solos estudados, aumentou linearmente com o aumento das concentrações de Se adicionadas.