Os altos custos econômicos e ambientais
gerados pela fertilização nitrogenada têm
incrementado o interesse na procura de sistemas
que diminuam a aplicação de fertilizantes sem pôr
em risco os rendimentos das culturas. O trabalho
objetivou: (i) isolar e quantificar bactérias
diazotróficas do lodo de esgoto de abatedouro de
aves, (ii) caracterizar as bactérias de acordo com a
morfologia celular da colônia e (iii) avaliar o
crescimento e conteúdo de N de plantas de milho
em resposta a inoculação bacteriana. Foram
isoladas 16 estirpes bacterianas, sendo quatro do
meio JMV, duas do JMVL, quatro do NFb, três do
JNFb, uma do LGI e duas do LGI-P. Todas as
estirpes bacterianas apresentaram coloração gram
positiva e diferiram na morfologia celular. Para
avaliar a fixação biológica de nitrogênio em viveiro,
realizou-se a inoculação bacteriana em sementes
de milho. O experimento consistiu de 17
tratamentos (16 estirpes bacterianas e um controle
sem inoculação), conduzido em delineamento
inteiramente casualizado, com seis repetições e
tendo como unidade experimental um vaso
contendo duas plantas de milho. Aos 45 dias, foram
mensuradas as características de crescimento e
conteúdo de N. Os maiores índices nas variáveis
avaliadas foram obtidos com o isolado UFV L-162,
que resultou uma matéria seca total de 0,68 g e um
conteúdo de N de 22,14 mg/planta, representando
incrementos de 74% e 133%, respectivamente, em
relação ao controle. Conclui-se que bactérias
diazotróficas habitam naturalmente o lodo de esgoto
do abatedouro de aves e promovem o crescimento
de plantas de milho.