Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
ESTOQUE DE CARBONO EM PASTAGENS NO BRASIL: UMA REVISÃO
DANIELE COSTA DE OLIVEIRA(1); CARLOS EDUARDO PELLEGRINO CERRI(2); 1 - ESCOLA SUPERIOR DE AGRONOMIA "LUIZ DE QUEIROZ"; 2 - ESALQ/USP;
A mudança de uso da terra tem potencial de manter, diminuir ou elevar o teor e/o estoque de C no solo. Esse trabalho objetivou integrar os resultados da literatura sobre as alterações no teor e no estoque de carbono sob vegetação nativa e pastagens brasileiras. Realizou-se uma busca nas bases de dados Web of Science e Scielo, selecionando 36 artigos. Os dados foram classificados de acordo com a vegetação nativa. Posteriormente, os resultados da região do Cerrado foram agrupados de acordo com a textura do solo. Por fim, nos solos argilosos, os dados foram separados pelo uso da terra e submetidos a análise de variância e a teste de médias. O teor de C, em média, foi maior na vegetação nativa do que nas pastagens devido ao maior aporte de matéria orgânica. O C no solo aumenta proporcionalmente ao teor de argila, devido a maior quantidade de sítios reativos e a oclusão do C dentro dos agregados dos solos. O estoque de C foi maior na vegetação nativa nos solos de textura média e arenosa, entretanto, nos solos argilosos o valor máximo foi maior nas pastagens. Quando os pastos se encontravam degradados, estes apresentaram menor teor de C no solo. Por outro lado, as pastagens produtivas apresentaram teor de C semelhante à vegetação nativa. A adoção da integração lavoura–pecuária proporcionou um aumento nos teores de C no solo. O uso da terra e o manejo adotado contribuem para aumentar ou diminuir o estoque de C no solo.