Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
CINZA DE CARVÃO COMO FONTE DE NÍQUEL
BRUNA WURR RODAK(1); DOUGLAS SIQUEIRA FREITAS(1); GERALDO JÂNIO EUGÊNIO DE OLIVEIRA LIMA(2); LUIZ ROBERTO GUIMARÃES GUILHERME(1); 1 - UFLA; 2 - CENTRO DE TECNOLOGIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL - CAMPO;
O níquel (Ni) foi inserido recentemente na legislação de fertilizantes e ainda são escassos produtos comerciais fonte desse micronutriente. A cinza de carvão é um subproduto da geração de energia da metalurgia e devido suas características pode ser uma alternativa na fertilização e correção dos solos, bem como fonte de Ni. O objetivo foi verificar o conteúdo de Ni das cinzas leve (CL) e pesada (CP) oriundas do processo de geração de energia em caldeira a coque de petróleo, bem como verificar sua adequabilidade de utilização agrícola e ambiental de acordo com a legislação. Os teores totais de Ni em dez amostras de cada cinza foram determinados pelo método USEPA 3050-B e uma amostra, de cada uma das cinzas, foi caracterizada em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Os resultados obtidos foram analisados por meio de estatística descritiva e avaliados pela legislação vigente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os teores médios de Ni na CL e CP foram de 525,975 e 769,86 mg kg-1, respectivamente. O processo de obtenção das cinzas influencia diretamente os teores desse micronutriente. Ambas as cinzas enquadram-se na categoria de corretivo de acidez e sodicidade e podem ser fonte de Ni. Estudos futuros sobre a forma química do Ni nas cinzas e eficiência agronômica são necessários para adequação do produto.