Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
MONITORAMENTO DOS PROCESSOS DE SOLIFLUXÃO NA PENÍNSULA KELLER, ANTÁRTICA MARÍTIMA
ADRIANO LUIS SCHÜNEMANN(1); PEDRO HENRIQUE ALMEIDA(2); MÁRCIO ROCHA FRANCELINO(2); GONÇALO VIEIRA(3); ELPÍDIO INÁCIO FERNANDES FILHO(2); CARLOS ERNESTO GONÇALVES REYNAUD SCHAEFER(2); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA; 2 - UFV; 3 - CEG;
A península Keller possui uma série de formações geomorfológicas que são amplamente estudados por diversos pesquisadores. O presente trabalho possui o objetivo de identificar as mudanças posicionais ocorridas em 12 pontos monitorados nesta península, indicando a velocidade de deslocamento, amplitude e sentido. Para tanto foram instalados no verão austral de 2012, 12 hastes metálicas nos pontos monitorados. Nos anos entre 2012 e 2015 foram medidas as coordenadas UTM dos pontos com o auxílio do GPS de dupla frequência. A partir do rastreamento do pontos foi realizado o pós-processamento com base da RBMC instalada na Península. Para todos os pontos foi calculada a distância linear anual de deslocamento a partir das coordenadas UTM. As diferenças calculadas em cada ponto, considerando os anos foram: amplitude da latitude UTM, amplitude da longitude UTM e distância linear anual em cada ponto. A maior distância de deslocamento observada foi de 0,311 m, representando uma velocidade média de 0,104 m a-1. A menor distância de deslocamento foi de 0,007 m, porém com velocidade média anual de deslocamento, considerando todo o período, de 0,082 m a-1. Considerando as altitudes, praticamente todos os pontos sofreram reduções em suas elevações, além de sofreram diferentes mudanças no sentido de deslocamento de solo no período estudado. O período entre 2014 e 2015, sugere a ocorrência de algum fenômeno, que causou a mudança no sentido da solifluxão em parte da feição estudada. Essa geoforma se caracteriza como protalus rampart.