Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
CARBONO ORGÂNICO TOTAL E ATRIBUÍDOS MICROBIOLÓGICOS DE SOLO COM APLICAÇÃO DE DOSES CRESCENTES DE LODO DE ESGOTO E CULTIVO DE PENNISETUM PURPUREUM SCHUMACH
PAULO HENRIQUE SILVEIRA CARDOSO(1); AGDA LOUREIRO GONÇALVES OLIVEIRA(2); MARCOS ANTÔNIO NERIS COUTINHO(2); ANARELLY COSTA ALVARENGA(3); LEIDIVAN ALMEIDA FRAZÃO(2); REGYNALDO ARRUDA SAMPAIO(2); 1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; 2 - UFMG; 3 - UFES;
Uma alternativa economicamente viável e ambientalmente correta para a disposição do lodo de esgoto é sua utilização na agricultura, visto que apresenta constituintes que melhoram as propriedades químicas e físicas do solo. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da aplicação de doses crescentes de lodo de esgoto ao solo sobre a atividade microbiana e carbono orgânico do solo. Em DIC, as doses de lodo de esgoto foram 0, 20, 40, 60, 80% em vasos de seis litros onde foi cultivado a gramínea Pennisetum purpureum Schumach. Aos cinco meses de plantio o solo foi retirado e levado a laboratório para análise da respiração basal do solo (RBS), carbono da biomassa microbiana (C-BMS) e carbono orgânico total (COT) e posterior cálculo do quociente metabólico (qCO2) e quociente microbiano (qMIC). Os parâmetros RBS e C-BMS aumentaram juntamente com as doses de lodo de esgoto aplicadas, evidenciando a elevação da atividade microbiana pelo aumento da disponibilidade de COT. Os elevados valores de qCO2 mostraram aumento da atividade microbiana do solo pela adição de lodo de esgoto ao solo. Os baixos valores de qMIC indicam menor disponibilidade de matéria orgânica para os microorganismos. A aplicação de lodo de esgoto proporcionou estresse metabólico na microbiota do solo pela alta incorporação de matéria orgânica e elevação da sua atividade.