Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
PRODUÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE PALHADA EM ÁREA DE CULTIVO DE CANA-DE-AÇÚCAR, NOS TABULEIROS COSTEIROS DE ALAGOAS
WALANE MARIA PEREIRA DE MELLO(1); ELIENAI FERREIRA DA SILVA(2); PAULO ALBUQUERQUE SILVA(3); ARTHUR K. BELARMINO DOS SANTOS(2); ANDRÉ CÂMARA DO AMARAL(4); ANONIO DIAS SANTIAGO(3); 1 - EMBRAPA TABULEIROS COSTEIROS; 2 - UFAL; 3 - EMBRAPA/CPATC; 4 - EMRAPA/CPATC;
: O objetivo deste trabalho foi determinar a produção, a dinâmica da decomposição e a liberação de C e N da palhada da cana-de-açúcar, na região dos Tabuleiros Costeiros de Alagoas. O experimento foi conduzido na Usina Coruripe, nas safras 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013. Os tratamentos estudados foram cinco percentuais de palha deixados sobre a superfície do solo: 0 (T0), 25 (T25), 50 (T50), 75 (T75) e 100% (T100) do total de palhada produzida. A quantificação da produção da palhada foi feita a partir da coleta das quatro linhas centrais de cada parcela. O estudo de decomposição dos resíduos culturais foi feito utilizando-se a metodologia dos sacos de náilon (litter bags). A produção de palhada variou de 22 Mg ha-1, para cana planta, a 12,6 na socaria, com a média geral de 16,7 Mg ha-1. A liberação do carbono seguiu um modelo exponencial e as taxas variaram de k=0,0026 d-1 a k=0,0043 d-1, com as maiores taxas de decomposição da palhada da cana-de-açúcar ocorrendo sob as maiores percentagens de cobertura morta (75% e 100%). Os modelos que explicaram a dinâmica do N foram equações polinomiais de 2º e 3º graus. De forma geral, só após os 300 dias é que ocorreu a diminuição da quantidade de N na palhada, o que seria o indicativo da liberação deste nutriente para o solo, coincidindo com os valores da relação C/N de 28 a 30. Diferentes proporções de cobertura morta sobre a superfície do solo não influenciaram a produção de palhada pela cana-de-açúcar.