Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
MINERALOGIA DE VERTISSOLO EBÂNICO DO NORDESTE BRASILEIRO
GLÊVIA KAMILA LIMA(1); MARCELO METRI CORRÊA(2); VALDOMIRO SEVERINO DE SOUZA JÚNIOR(2); 1 - ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ; 2 - UFRPE;
A mineralogia influencia diversas propriedades do solo, bem como seus estudos em Vertissolos são incipientes. Assim, o objetivo geral foi a identificação e a compreensão das alterações mineralógicas ocorridas durante a pedogênese de Vertissolo do Nordeste Brasileiro. A área de estudo localiza-se no município de Cachoeirinha-PE, na região Nordeste do Brasil. Para realização das analises mineralógicas, foi confeccionadas lâminas orientadas para a fração argila e não orientadas (pó) das frações areia grossa, areia fina e silte. Os minerais que compõe a fração areia, silte e argila foram identificados por difratometria de raio-X (DRX). As amostras de argila foram pré-tratadas. e saturadas com potássio (K) à temperatura ambiente 25°C (K25), aquecidas a 110°C (K110), 350°C (K350) e 550°C (K550). A ocorrência de minerais do grupo da esmectita, se validou mediante saturações com magnésio (Mg) e lítio (Li), solvatação desses cátions com glicerol e aquecimento. A distinção entre espécies esmectíticas se deu por meio do teste de Greene-Kelly (Greene-Kelly, 1953). A distinção entre beidelita e nontronita foi realizada por meio da espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR).
O Vertissolo Ebânico apresentou diversos minerais primários (quartzo, feldspato, anfibólio), além de vermiculita nas frações areia grossa, fina e silte. Enquanto, que na fração argila foi composto de nontronita e vermiculita. A formação de nontronita deu-se em função da alteração da vermiculita. Tal constituição mineralógica reflete características de seu material de origem, bem como do clima atual semiárido, condicionando a pedogênese pouco intensa.