Anais do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo
SILÍCIO MINIMIZA OS EFEITOS DELETÉRIOS DA SALINIDADE NO CRESCIMENTO DO ARROZ.
TÂMARA PONTES ABREU(1); CARLOS RIBEIRO RODRIGUES(2); MARIA ALICE VASCONCELOS DA SILVA(2); ROSANA SOUZA SILVA(2); MARCOS GUSTAVO KEMMERICH CHAGAS(2); TATIANA MICHLOVSKÁ RODRIGUES(2); 1 - INSTITUTO FEDERAL GOIANO CAMPUS RIO VERDE; 2 - IFGOIANO;
O experimento objetivou avaliar o efeito do silício (Si) sobre o crescimento do arroz submetidos ao estresse salino em diferentes fases de crescimento das plantas e produção de grão. As plantas foram cultivadas em casa de vegetação. Para a análise de crescimento o delineamento experimental foi em blocos ao acaso em esquema fatorial 5x4x2 sendo cinco concentrações de Si na solução nutritiva (0, 1, 2, 3e 4 mmol L-1 de Si), quatro épocas de coleta (15, 42, 85 e 139 dias após a aplicação dos tratamentos) e com e sem estresse (0 a 40 mmol L-1 de NaCl) no meio com quatro blocos. Foi avaliada a massa seca de parte aérea (MSPA), raiz (MSR) e total (MST) e relação parte aérea:raiz (MSPA:MSR) e a produção de grãos e peso de mil grãos. As plantas cultivadas sob estresse salino obtiveram o menor crescimento independente da época avaliada e concentração de Si no meio. Para as plantas cultivadas sob estresse o Si proporcionou redução dos efeitos deletérios e aumento da produção de grãos até 1,8 mmol L-1 de Si. As plantas sem estresse obtiveram incremento no crescimento e produção até 2,15 mmol L-1 de Si no meio. Logo estes resultados em altas concentrações de Si podem estar relacionados com a precipitação de sílica junto às células guardas e buliformes reduzindo as trocas gasosas. Pode-se concluir que o Si reduziu os efeitos deletério da salinidade mantendo o potencial produtivo das plantas, todavia, inferior à produção obtida pelas plantas cultivadas na ausência do estresse.