Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo

AVALIAÇÃO DA TAXA DE SOBREVIVÊNCIA DE MUDAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS EM ÁREAS DE EXTRAÇÃO DE ARGILA DA CERÂMICA NOVA ERA MARABÁ, PA

MARCUS FELIPE FROTA GAMA⁽¹⁾;
1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ;

A exploração de argila realizada na cidade de Marabá-PA tem causado uma série de impactos negativos ao meio físico, descaracterizando a paisagem pelo processo de extração de argila. O trabalho teve o objetivo de avaliar a taxa de sobrevivência de mudas inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares aos 120 dias após o plantio nas áreas impactadas pela extração de argila. Este trabalho foi realizado na área de extração de argila da Cerâmica Nova Era, localizada à margem esquerda da planície do Rio Itacaiúnas no bairro Nova Marabá, no município de Marabá – PA. Quinhentas (500) mudas, 83 de cada espécie, (sumaúma (Ceiba pentandra), pente de macaco (Amphilophuim crucigerum), ipê (Handroanthus impetiginosus), fava de rosca (Enterolobuim schomburgku), fava bolota (Parkia pendulaBenth) e angelim (Vatairea heteroptera Ducke) foram levadas a campo com 120 dias após a germinação. As mudas foram plantadas com espaçamento entre linhas de 2,5m x 2,5 m aleatoriamente em volta da cava e dentro da cava. Aos 90 dias após o plantio foram avaliadas as referidas taxas de sobrevivência. A taxa de sobrevivência das mudas foi considerada boa, variando entre 78 e 92% ao redor da cava como dentro da cava. A maior taxa de sobrevivência foi da fava de rosca (Enterolobuim schomburgku) que atingiu 92% e a menor taxa foi a da fava bolota ( Parkia pendula Benth) com 75.5%. Espécies florestais nativas inoculadas com fungos micorrízicos podem ser utilizadas na revegetação de áreas impactadas pela extração de argila em Marabá.

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