O objetivo desse trabalho foi avaliar a estabilidade do C da madeira de eucalipto quando esta é convertida em carvão. Amostras de Eucalyptus spp. foram pirolisadas em temperaturas de 300 a 700 °C e em taxas de aquecimento de 5, 22,5 e 40 °C/min. Os teores de O e H reduzem com o aumento da temperatura de pirólise devido à termodecomposição preferencial dos grupos alifáticos e O–alquil, restando uma estrutura predominantemente aromática. O aumento da aromaticidade dos carvões produzidos em maiores temperaturas resulta no aumento da recalcitrância destes, demonstrada pelo aumento da resistência à oxidação térmica e por dicromato. Considerando o C resistente à oxidação por dicromato estável por longo período de tempo, maior quantidade de C da madeira é estabilizada com a pirólise em 400 °C, ocorrendo uma redução dessa quantidade com a pirólise em temperaturas maiores, devido à menor conversão da madeira em carvão.